terça-feira, 13 de maio de 2008

Hip-hop!

O hip-hop é um movimento cultural que emergiu nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque, que conta com quatro elementos: O Dj, Mc, Break dance e o grafite. É uma espécie de cultura de ruas, um movimento de reinvidicação do subúrbio, traduzido nas letras questionadoras e agressivas no ritmo forte e intenso. Foi uma reação ao conflitos sociais e à violência sofrida pelas classes menos favorecidas. Os subúrbios enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação. Nestes subúrbios existiam festas de rua com equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados de Sound System.
Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs observaram e participaram destas expressões de rua e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço. Os jovens foram encontrando naquelas novas formas de arte uma maneira de amenizar a violência, passaram a freqüentar as festas e dançar break, competir com passos de danças e não mais com armas. E em 1973 foi criada a primeira organização que tinha seus interesses o hip-hop.
O hip-hop chegou ao Brasil, em São Paulo, onde surgiu com força. Atualmente existem diversos grupos que representam a cultura hip-hop no país. No Brasil, o movimento hip-hop foi adotado pelos jovens negros e pobres das cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre, como forma de protesto contra o preconceito racial, a miséria e a exclusão.
A principal característica das artes negras é seu caráter multidimensional, denso. A performance mistura gêneros que para a cultura ocidental seriam diferentes e separados (músicas, poesia, dança, pintura). A interpretação, a fusão de todos esses elementos que faz dela uma forma artística que não seria equivalente à soma dos elementos separados. Para compreender a multidimensionalidade da performace, é necessário fazê-lo em seu contexto social. Fora deste contexto social, somente se compreenderiam alguns dos elementos, mas não só como um conjunto de dança, música, poesia e artes plásticas, senão como uma performace inserida num contexto social, cheio de problemas sociais, educacionais e de exclusão social. Este contexto social é o que dá sentido à performance.
O estilo pessoal é de grande importância na performance, porque as características próprias de cada performer acrescentam as possibilidades de inovação e de criação de novos estilos. Espera-se que o performer não só seja competente, mas que também possua um estilo próprio, em todos os aspectos do hip-hop. O estilo pessoal não se valoriza em situações de representação, também é importante em todos os aspectos da vida cotidiana (estética, cumprimento, fala etc). As roupas utilizadas no hip-hop, são largas, para deixar os movimentos maiores, dando mais efeito visual à dança. Com todos esses fatores que contribuem pra o movimento cultural que é o hip-hop. Ele termina funcionando como instrumento de integração social e também de ressocialização de jovens das periferias no sentido de mudar essa realidade, já que muitos jovens encontram no hip-hop uma maneira de não se deixar levar pelos fatos entrando em algum tipo de marginalidade, e também encontra uma forma de protestar por uma realidade que não satisfaz a ninguém.


_
Foto: Raul Escorel.

2 comentários:

Isabella Lopes :* disse...

é nois no hip-hop truta!
muito bom o post cara, muito bom mesmo.

cultura marginal ever o/\o

Linda LovefoxX disse...

huaUHAauh

isso aew mina!! uhAAHUuaHUAH

=pp

muitoo booomm.. caroooll!!! *-*


cultura marginal rooooX!